Você gosta de viajar? Eu praticamente adoro! E fico muito feliz em saber que muitos leitores do meu blog também! Sempre recebi e-mails de leitores do país inteiro elegiando as matérias sobre algumas viagens que eu já fiz. O Google é grande responsável por isso. Mal se coloca uma matéria no ar, e em poucos minutos ela já encontra-se no buscador. Em um ano, foram cerca de 10 e-mails pedindo que eu falasse sobre a belíssima capital da Holanda: Amsterdam! E hoje chegou o grande dia. O Emanuel Sá de Brasilia, o ultimo leitor que me escreveu na semana passada, está indo em Outubro, assim como a Danielle Ferreira de Fortaleza e Cassio Fortes de Sobral. Fomos conhecer essa maravilha e o relato que você lerá abaixo é uma opinião bem pessoal dessa cidade tolerante e ao mesmo tempo bela. Fotos: Arquivo Pessoal. Adoooro!
Bonita, poliglota, ousada, psicodélica, liberal, audaciosa. É difícil não cair em tentação em Amsterdam. Mas nem tudo por aqui se resume a sexo, drogas e rock’n'roll como é conhecida a capital da Holanda. Compacta, tem ruas e canais charmosos que podem ser explorados a pé. Ou, para entrar no clima, de bicicleta. Afinal, os holandeses usam as duas rodas para tudo. E mais: Amsterdã esbanja cultura. Tem ótimos museus e é um verdadeiro festival de arquitetura. À noite, a cidade entra em ebulição. É só ir direto para Leidseplein, uma praça rodeada por bares, casas noturnas e restaurantes. As bandeirinhas do arco-íris indicam os muitos bares e boates Gays.
Podemos começar falando das mulheres sexualmente acessíveis. Sim, as prostitutas! Não se espante se você passar pelo Bairro da Luz Vermelha à noite, mais especificamente pela Rua Oudezijds Achterburgwal (não me peça pra falar isso ao vivo - kkkkkkkk), ver centenas de vitrines coloridas com mulheres se expondo e chamar você para o sexo. Elas geralmente têm entre 18 e 25 anos, são estrangeiras (muitas da Grécia) e vestem roupas chamativas ou até mesmo semi-nuas. Cobram em torno de 40 euros por meia hora. É só entrar e fazer a festa. Pennnnnse! Sei que muita bicha aqui não vai fazer a corajosa, ou vai? KKKKKKK
O engraçado é que na mesma vizinhança em que meninas de vida fácil “dão duro”, a região da Oude Zijde (Cidade Velha), convivem uma igreja fantástica como a Oude Kerk, erguida no século 14, uma sinagoga do século 15, a universidade, um museu dedicado à maconha e ao haxixe, bares em que essas substâncias são comercializadas (os conhecidos Coffee Shops), o Museu da Tortura, Museu do Sexo e os barquinhos que singram os canais. Um passeio de dois dias pelo centro velho é suficiente para entender o apelo de uma cidade cujos grandes trunfos são a tolerância e a beleza - sendo que o belo está em coisas como os luminosos das sex shops e as estátuas de madeira, em tamanho natural, de índios americanos, à venda na feira de rua de Waterlooplein no bairro Judaico.
O centro é cortado por ruazinhas estreitas, onde trafegam cerca de 500 mil bicicletas daquele modelo antigão, sem marcha. Se tem Cecezinha? É claaaaaro que tem. KKKKKKKKK Você pode alugar uma por um dia inteiro. Agora, se for para ficar preocupado com a possibilidade de ela ser roubada ou de ser atropelado que é o mais fácil faça o obvio: caminhe! Você pode partir da DAM, praça principal que é cercada de lojinhas e cafés. De lá também partem os passeios de charretes com cavalos lindos. E ainda tem a filial holandesa do Museu de Cera Madamme Toussaud. Na vitrine está Julia Roberts que é idêntica. Entre e tire muitas fotos e faça como uma amiga minha ali (voces não conhecem não!): monte um album no orkut fazendo caras e bocas ao lado de celebridades do imortalizadas no Museu. KKKKKKKKKK
As vielas da capital holandesa não têm meninos de rua, mas é fácil se esbarrar em drogados pedindo esmola para sustentar o vício. Ao contrário do que muita gente acredita, as chamadas drogas leves não são legalizadas lá. Ocorre que a polícia não reprime a posse de pequenas quantidades. É liberada a atividade dos coffee-shops, onde se vende e se fuma maconha e haxixe. Eles são charmosos, não têm aquele ar barra-pesada conferido pela clandestinidade e vivem cheios de doidões do mundo inteiro. Visitá-los é um programaço. Os menus listam fumos de diversos sabores, uns mais fracos, outros mais fortes. Eu dei um trago e quase morri depois. KKKKKKK Outro bar super bacana e que é parada obrigatória, é o Xtracold, que é todo feito de gelo. Na entrada, voce recebe luvas, agasalho especial especial para não sair todo molhado, e congelado é claro! Lá dentro a temperatura é de -7º!
Apesar desse clima meio maluco, Amsterdã não é um lugar violento - e nem um paraíso hippie de paz e amor. A metrópole mais tolerante da Europa também é capaz de surpresas desagradáveis, mas nada que vá afastar seus milhares de turistas. Então, olho aberto.
Reserve algumas horas para bater perna na Waterlooplein, praça no bairro judaico onde acontece um mercado das pulgas excepcional. Ali se vendem coisas como casacos de pele, brinquedos antigos, esculturas, batas indianas e gaiolas de passarinhos a preços baratos. Já imaginou, a senhora com uma bata indiana??? KKKKKKKK Lá, voce pode encontrar achados, como por exemplo, uma jaqueta de couro Armani usada, que paguei míseros 30 euros. O unico problema é que deixei a porra do casaco no assento do metrô à caminho do Aeroporto. KKKKKKKK
Depois de caminhar compre um bilhete de barco para passear pelos canais. A cidade é cercada por 160 deles, cobertos por 1.281 pontes. Não são malcheirosos já que não recebem esgoto. A cada três dias, a água do mar é trocada. Nas margens, aparecem fileiras de casinhas com a arquitetura bem legal, cada uma diferente da outra. Algumas estão ali desde o século 14. As paredes inclinadas, presentes em muitas casas, tinham a função de facilitar a entrada de móveis e mercadorias sem quebrar as vidraças. A melhor empresa que faz os passeios é a Canal Company. A saída é próxima da estação de trem central.
Não deixe de ir!
Os judeus desempenharam um papel importante na história de Amsterdam. Fugidos da Inquisição em Portugal e Espanha, nos séculos 15 e 16, eles desenvolveram as artes, as ciências e o comércio. O capítulo mais triste dessa convivência está encerrado num prédio de três andares, transformado em museu. Para fugir da deportação, a jovem Anne Frank e sua família viveram escondidos no sótão da casa entre 1942 e 1944, durante a Segunda Guerra, cuja entrada ficava atrás de uma estante de livros. O quarto, onde ela escreveu seu famoso diário traduzido em 55 línguas, ainda está decorado com fotos de artistas de Hollywood. No térreo, monitores de TV exibem um documentário, narrado por uma amiga de infância, contando como ela a encontrou no campo de concentração de Bergen- Belsen, na Alemanda, onde Anne morreu aos 14 anos. A história é bem triste, mas vale a pena conhecer. Para quem quiser ler o diário, está à venda nas Livrarias Siciliano por R$ 19,90. Em portugues!
O que comer? Batata frita com maionese. A combinação parece estranha, mas é muito popular por lá. Você encontra em todas as lanchonetes, e há praticamente uma em cada esquina. Croquetes. Outra especialidade do país. Alguns bares têm vitrines que os exibem em diferentes tamanhos e sabores. Podem ser encontrados em qualquer lanchonete e em trailers pelas ruas. Os holandeses são loucos por panquecas. No restaurante The Pancake Bakery você come um prato farto de panqueca com pouca grana. E no mais você vai achar pizzas, sanduíches. Sorvetes e outras coisas. Isso para não gastar muito.
Compras? O suvenir obrigatório são os tamancos holandeses que é facilmente encontrado em todas as lojas que vendem lembranças para turistas. Na lojinha do museu de Anne Frank, você encontra edições de seu famoso livro Diário escrito por ela. (Rua Prinsengracht, 263). Com lojas cheias de produtos para turistas descolados, de suvenires a roupas, tem preços mais em conta do que as dos shoppings e magazines.
Não deixe também de conhecer os vitrais da Newe Kerk, uma bela igreja do século 17, visitar o quadro Ronda Noturna, de Rembrandt, e outras obras-primas no Rijksmuseum, mergulhar na maravilha que é o Museu Vang Gogh, andar nos bondes coloridos que atravessam a cidade, passear pelo Mercado das Flores que é flutuante e fica ao longo do Canal Singer e finalizando um passeio pelo Vondelpark, uma agradável área verde com lagos, cafés e bares. O por do sol é lindo visto de lá.
Quer se jogar na noite gay que é um bafo só? A gente dá uma super dica! Um dos maiores points gays é a Rua Reguliersdwarsstraat. Há até um site (clique aqui) criado pelos logistas e donos de estabelecimentos da região que além de falar sobre o surgimento da rua, as reformas pelas quais passou em seus quase 500 anos de existência, dá dicas bacanas de tudo o que está acontecendo na cidade. Nomes dos estabelecimentos, horários de funcionamento, tipo de publico e outros atrativos, voce fica sabendo no site. Se joga bee!
Aos leitores do blog que estão indo, não esqueçam de me trazer presentinhos. Se possivel, passem na central de achados e perdidos do metrô e vejam se meu casaco Armani tá por lá ainda! KKKKKKKK Adooooooooooro!













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